Qual tipo de meios de comunicação você prefere para se informar?

terça-feira, 27 de abril de 2010

CONSEQUÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO:

Nunca foi, não é, nem nunca será fácil comunicar; porque o ato de comunicação é um ato criador. E o criador, se sabe o que faz, é responsável por seu ato; se não sabe, continua sendo a causa e, por isso mesmo, não pode escapar, de um modo ou de outro, às conseqüências da sua comunicação. Boa ou má, errada ou certa, a minha comunicação tem conseqüências para mim e para os meus receptores. Graves ou leves, as conseqüências de minha comunicação existem. E se nasceram de mim, eu devo responder por elas.

Daí porque aquele que assume a tarefa de comunicar seja qual for a mensagem, precisa ser suficientemente livre para arcar com as conseqüências do que afirma, escreve, canta, desenha, pinta, dança e expressa. Que não se imagine imune ou acima da crítica, porque não há comunicação sem conseqüência. E, se os receptores são vários, os impactos provavelmente serão diversos. Em alguns casos provocará admiração, simpatia, concordância e amor; noutros, poderá provocar raiva, agressão, discordância e até violência. Não escapa-se sem marcas do próprio ato criador. e não escapa-se impunemente da própria comunicação. Para quanto mais pessoas comunicarmos e quanto mais forte for nosso objetivo e nossa ousadia, tanto maior a repercussão de nossa comunicação em nós mesmos.

De certo modo, somos também o alvo da comunicação que utilizamos como arma. Se for bem intencionada e amorosa, provavelmente retornará para nós em forma de resposta amiga. Se for agressiva e pretender criticar, desestabilizar, questionar e até magoar o outro, mais cedo ou mais tarde retornará para nós em forma de réplica. E aí, então, se medirá qual foi a intenção do comunicador. Jerusalém retrucou negativamente à comunicação ousada, questionadora, crítica, mas amorosa de Jesus. E Jesus, replicado, respondeu com afeto e lágrima. Não havia raiva no incompreendido comunicador Jesus.

Aliás, em matéria de assumir até às últimas conseqüências a sua comunicação, ninguém foi mais coerente que Jesus. Assumiu todos os "is" e "pontos e vírgulas" daquilo que disse. E apostou no que disse com sua própria vida. Mas morreu perdoando quem não recebeu sua comunicação.

Que os comunicadores por vocação e profissão meçam o alcance de sua comunicação. Se não tiver amor, é pobre e imperfeita. Se tiver amor e abertura, desemboca no caminho da paz, que é o destino final de todo e qualquer ato comunicador...

A COMUNICAÇÃO ENTRE OS ANIMAIS:


Numa época em que somos quotidianamente surpreendidos por inovações na área das comunicações, vale a pena olhar com atenção para as formas de comunicação dos outros animais, tecnologicamente mais simples, mas nem sempre menos eficazes.



A comunicação pressupõe a existência de dois ou mais indivíduos, e acontece sempre que há troca de informação entre eles. A grande supremacia tecnológica do homem face aos outros seres vivos foi conquistada, em grande parte, através da sofisticação da sua comunicação. Com o advento da escrita, a comunicação prolonga-se muito para além do momento em que é proferida e a partir daí a acumulação e o desenvolvimento do conhecimento são feitos com uma eficácia sem precedentes.

Não obstante não existir nenhum outro animal com uma comunicação tão complexa quanto a nossa, há animais que possuem métodos de comunicação sofisticados e que perduram no tempo. Não será muito arriscado dizer que, das cerca de um milhão de espécies de animais descritas, quase todas, numa ou noutra fase da sua vida, necessitam de comunicar.

Existem alguns processos de comunicação tão óbvios que por vezes nos esquecemos deles mas, tal como nós, também muitos animais os utilizam. A simples aparência de um animal desempenha um importante papel na escolha de parceiro para acasalar ou no estabelecimento de hierarquias, em insectos, aves, mamíferos, moluscos e muitos outros animais. Apesar deste ser um assunto bastante estudado, ainda hoje permanecem por explicar alguns dos processos que levam à selecção de um parceiro.

Em muitos animais são os machos que competem para conseguirem uma fêmea para acasalar. Do seu poder de persuasão vai depender a capacidade de dissuadir outros machos de lhe fazerem frente e de seduzir a fêmea pretendida. Neste caminho vai haver, necessariamente, muita comunicação. A aparência de uma animal, como o brilho das suas penas, a cor do seu pêlo ou a dimensão das suas hastes, provavelmente não vai ter uma implicação directa na sua eficácia como progenitor, mas o seu aspecto físico é um reflexo da sua condição fisiológica. Os outros machos evitarão combater um aparentemente mais forte, poupando energias a ambos, e as fêmeas, sejam elas de uma pequena ave, de um veado ou de um primata, estão interessadas em acasalar com o macho mais apto que lhes for possível encontrar. Por isso, mesmo em muitas espécies em que os machos não lutam entre si, demonstrando a sua força, exibem perante a fêmeas a sua perícia a construir ninhos, a conseguir alimentos ou noutra actividade fundamental no decurso da reprodução. No fundo, o que eles de uma ou de outra forma estão a dizer é: “eu serei um bom pai para os teus filhos”.

Para além de depender de factores como a idade ou a condição física, a aparência dos animais varia muitas vezes com a sua vontade. Algumas das adaptações neste campo são surpreendentes; veja-se a cauda de um pavão aberta em leque, o papo de uma fragata, a tromba insuflável de uma foca de capuz, ou a velocidade com que uma lula pode fazer variar a cor da sua pele. A própria máscara facial, assim como a postura, desempenham nalguns animais um papel muito importante. Os lobos, por exemplo, que vivem em sociedades hierarquizadas e complexas, exprimem desta forma ritualizada a sua atitude dominadora ou submissa.

A linguagem gestual não está de forma alguma reservada aos animais superiores. As abelhas, no interior das suas colmeias, executam movimentos complexos, que lhes permitem comunicar pormenorizadamente, por exemplo, a localização de determinada zona onde existe alimento.

COMUNICAÇÃO INFORMATIVA:Gripe Influenza A H1N1(QUESTÃO ATUAL)

Gripe Influenza A H1N1 – O que é, como ocorre, o que se sente e como evitá-la
Por Minas Corretora | Publicado:26 de agosto de 2009
Sinônimos: gripe do porco; gripe A

O que é?
É uma doença causada por uma das mutações (geralmente H1N1) do vírus Influenza A. É uma doença respiratória aguda altamente contagiosa, com morbidade alta, contudo, com mortalidade baixa (1-4% segundo dados da OMS) até agora. A maioria dos casos, por enquanto, ocorreram no México, mas, vários casos estão ocorrendo ao redor do mundo. Já nos porcos, a doença é considerada endêmica nos Estados Unidos, e surtos ocorreram na America do Norte e do Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia.

Como ocorre?
O vírus se dissemina entre os porcos por aerosol da secreção respiratória destes pelo contato direto ou indireto. Eles podem ser infectados por vírus Influenza das aves, de humanos bem como de Influenza suíno. Os porcos podem ser infectados ao mesmo tempo por mais de um tipo de vírus, o que permite que estes se misturem. A infecção em humanos por Influenza suíno pode ocorrer em casos isolados ou surtos. Esta doença pode surgir após contato da pessoa sadia com porco infectado ou de pessoa sadia com pessoa infectada. No entanto, neste momento não há qualquer confirmacão de transmissão entre porcos e humanos. Assim, como na gripe comum, o contágio entre as pessoas se dá através de gotículas de saliva ao falar, espirrar ou tossir.

O que se sente?
Os sintomas lembram os sintomas da gripe. O individuo afetado pode ter inicio abrupto de febre alta associado à tosse, dores musculares e nas articulacões (”juntas”), dor de cabeça, coriza, garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vômitos e diarreia. A doença pode evoluir para falta de ar e insuficiência respiratória.


Como se evita?
Estes casos de gripe suína podem ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, tem incidência maior no outono-inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos países vacinam rotineiramente as populacões suínas contra este vírus. Para os humanos ainda não há vacina e tambem não se sabe se a vacina da gripe comum pode ou não ajudar a diminuir o risco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que em torno 5-6 meses teremos vacina disponivel.
Não há problemas em ingerir carne de porco ou produtos derivados dela (salame, por exemplo). Para as pessoas que lidam diariamente com porcos, recomenda-se a prática de uma boa higiene, essencial sempre em todo contato com animais, especialmente durante abate, pós-abate e manuseio para prevenir exposição a estes agentes de doença. Animais doentes ou que tenham morrido de doença não devem ser processados nos abatedouros, e as autoridades competentes devem ser informadas sobre quaisquer eventos relevantes.

Para protecão pessoal devem ser utilizadas algumas medidas preventivas:

evitar contato íntimo com pessoas que não estejam bem e que tenham febre ou tosse;
lavar as mãos com água e sabão frequentemente e quando necessário;
manter hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realizar atividades fisicas e manter sono adequado.

Se houver uma pessoa doente na mesma casa:

deixar um aposento separado para o doente. Se isso não for possível, este deve manter-se a uma distância de 1 metro pelo menos dos outros;
deve-se cobrir boca e nariz ao entrar em contato com o doente. Máscaras podem ser usadas com esta finalidade e depois dispensadas;
lavagem de mãos após contato com o doente;
não compartilhar utensilios como copos, toalhas, alimentos ou objeto de uso pessoal;
deixar o local onde o doente está bem arejado. Deixar portas e janelas abertas para circular o ar;
manter os utensílios domésticos limpos;
O doente deverá também cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espirrar. A lavagem de mãos deve frequente e, principalmente, após tossir ou espirrar será importante para prevenir o contágio de outras pessoas. Por essa mesma razão, durante a doença, recomende familiares e amigos para que não visite o doente.

As pessoas devem se manter atualizadas sobre o problema através de boletins da OMS.

Como se trata?
A maioria dos casos de gripe suína se recuperam completamente da doença sem a necessidade de suporte hospitalar ou de antivirais. Alguns casos ocorridos nos Estados Unidos de gripe suína em humanos foram sensíveis ao uso de oseltamivir e zanamivir, mas, resistentes à amantadina e remantadina. Ou seja, estes últimos não foram eficazes. Entretanto, ainda não existem informações suficientes que recomendem o uso rotineiro de antivirais nos casos de gripe suína. Há relatos de depósitos destes antivirais pelo governo em caso de necessidade e vários laboratórios da Europa e da America do Norte têm permissão para produção de tais medicações. Existem relatos de sucesso usando oseltamivir em tempo hábil (dentro de 48h após início dos sintomas) mesmo em casos graves. O doente deverá ficar em casa, afastado do trabalho ou escola e evitar locais com acúmulo de pessoas durante a doença. Repouso e manter boa hidratacão também será importante durante sua recuperação.

Como o médico faz o diagnóstico?
A suspeita é feita naquelas pessoas com quadro de sinais e sintomas compatíveis. Nestes casos deverão serão coletados um aspirado nasofaríngeo através de kit específico disponíveis em locais que atendam casos suspeitos

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA.


A linguagem escrita era representada por meio de pictogramas (3.300 a.C.), signos que correspondem à imagem gráfica (desenho). Os sumérios foram os primeiros a usar a escrita (Ex.: hieróglifos do Antigo Egito). A Suméria é civilização mais antiga da humanidade, localizada no sul da Mesopotâmia, entre o rio Tigre e Eufrates, onde hoje está o Iraque (Oriente Médio). Foi nessa região que se deu grande passo para o desenvolvimento da linguagem, porque era rica economicamente e intensa em atividades mercantis. Ali circulavam textos administrativos, econômicos e religiosos. Entretanto, ler e escrever era tarefa dada a peritos (escribas), que levavam muitos anos para aprender os significados dos sinais cuneiformes (escritos com objetos em forma de cunha). Isso divide a sociedade entre os que saber ler e os que não sabem.
O homem teve a necessidade de ampliar o significado dos signos e estes passaram a corresponder a idéias e não mais a palavras isoladas. Esse tipo de escrita recebeu o nome de ideográfica, assim como os ideogramas chineses e japoneses (Ex.: para os índios da América do Norte, pássaro voando = pressa. Para os antigos egípcios, pássaro com cabeça de homem = alma).
O homem percebeu que os signos gráficos, que eram representados pela palavra, possuíam som (fonema). Os sons são representados por unidades menores que as palavras. Nascia o conceito de letra (A, B, C...) e, por conseqüência, o alfabeto (2.000 a C). Com isso qualquer pessoa podia aprender o som sem necessariamente conhecer o signo ou o seu significado. O alfabeto é o estágio final da evolução da escrita.
Como transportar signos a distância seria o próximo passo a evoluir. Depois de escrever em pedras, rocha calcária, linho (o mesmo que envolvia as múmias), papiro e pergaminho de couro de animal, era preciso inventar um suporte mais prático. Os chineses parecem ter sido os primeiros a inventar o papel (século II d.C.) e os tipos de imprensa móveis, feitos de barro cozido, estanho, madeira ou bronze.
Na China e no Japão, já no século VIII, era utilizado um método de impressão chamado de “impressão de bloco”, no qual era usado um bloco de madeira entalhada para imprimir uma única página de um único texto

COMO EVOLUIU A COMUNICAÇÃO:

Por meio do grunhido, o homem primitivo imitava os sons da natureza (canto dos pássaros, latidos, trovão). É possível que não produzissem som apenas pela boca, mas também com as mãos, pés ou a partir de objetos. O homem evolui fisiologicamente até a libertação das mãos (homo erectus). A posição ereta vertical possibilitaria a valorização da linguagem gestual. A voz é transformada em fala.
Os homens encontraram uma forma de associar um som ou objeto a um gesto ou ação. Assim nasceu o signo, que é qualquer coisa que faça referência a outra coisa, dando-lhe uma significação. Os signos podem ser representados por símbolos (objetos físicos que dão significação moral. Exs.: bandeira e hino nacional, mulher cega segurando uma balança, alianças do casal)e sinais (indícios que possibilitam conhecer, reconhecer ou prever algo. Exs.: Sinais de trânsito, sinais ortográficos, sinais de luzes nos aeroportos, nas traseiras dos carros, luz de freio etc. O homem também descobre seus sinais: pegadas humanas na praia são indícios de que alguém esteve ali, dor nas articulações é indício de que vai chover). A atribuição de significados a determinados signos é a base da linguagem.
Uma grande invenção do homem foi a gramática, que passou a ordenar o conjunto de regras para relacionar os signos entre si. A gramática ordenou a estrutura da apresentação dos signos. É por isso que dizer “Presidente Lula abandona o vício de beber” é diferente de dizer “O vício de beber abandona o presidente Lula”.
Como vimos, as primeiras formas de comunicação humana foram oral e gestual. Porém, a linguagem oral sofria da falta de permanência (perdia-se no tempo) e de alcance (não atingia longas distâncias). Para fixar seus signos o homem valeu-se dos desenhos e, mais tarde, da escrita.
Já para alcançar longas distâncias o homem recorreu a signos sonoros e visuais: berrante, sinal de fumaça, sons originados de instrumentos de percussão (tribos), desenhos, monumentos (moais).
O problema da permanência e da distância foi resolvido com o surgimento da escrita (5.000 a.C.), já que a mensagem escrita pode ser transportada a qualquer distância. Assim, temos a comunicação direta, feita por meio palavras e gestos, e a comunicação à distância, feita por meio de sons, sinais, manifestações culturais. Uma dessas manifestações culturais pode ser observada entre os fiéis de uma igreja. Para a igreja, as imagens eram tão importantes que um beijo de um iletrado em uma estátua equivalia à mesma devoção daqueles que sabiam ler (Papa Gregório, o Grande. a.C. 540 – 604).
É comum dizermos que estamos na era da imagem. Grande equívoco. Durante muito tempo a cultura foi difundida por meio da imagem, importante forma de comunicação e de propaganda no mundo antigo (Roma). Para os cristãos, a imagem era uma forma de comunicação e de persuasão. Muitos acham que este é um fenômeno moderno, mas, durante a Idade média, só os monges tinham acesso à linguagem escrita. Toda a fé religiosa era retratada nas pinturas e nos vitrais das igrejas.

POR QUE COMUNICAR:


A comunicação está contida no nosso ambiente social. Em uma conversa de botequim, em um gesto qualquer de reprovação, em um sinal de trânsito, em um espetáculo de dança ou em um diálogo entre surdos-mudos, só para citar alguns exemplos. É impossível dissociar nossa vida, nossas necessidades, da comunicação.
“Estudos feitos durante greves de jornais demonstram a intensidade dos sentimentos de privação e frustração que se desenvolvem quando a leitores habituados lhes falta a leitura diária” (BORDENAVE).
Estudos também revelam que os meios de comunicação exercem influências positivas e negativas na vida das pessoas. Ex.: jornais podem ajudar na tomada de decisão importante, propiciar o estabelecimento de contatos sociais, dar status (atributo intangível). Novelas fazem “companhia” às pessoas, propiciam uma catarse emocional. Através das novelas, as pessoas aliviam carências, fracassos
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O QUE É COMUNICAÇÃO:

Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, idéias, sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado.
Comunicar é tornar comum, podendo ser um ato de mão única, como TRANSMITIR (um emissor transmite uma informação a um receptor), ou de mão dupla, como COMPARTILHAR (emissores e receptores constroem o saber, a informação, e a transmitem). Comunicação é a representação de uma realidade. Serve para partilhar emoção, sentimento, informação.
Quem comunica é a fonte e, do outro lado, está o receptor. O que se comunica é a mensagem. Pode ser vista, ouvida, tocada. As formas de mensagens podem ser: palavras, gestos, olhares, movimentos do corpo. As formas como as idéias são representadas são chamadas de signos. Em conjunto, formam os códigos: língua portuguesa, código Morse, Libras, sinais de trânsito.
“Os meios são usados pelos interlocutores para transmitir sua mensagem. São eles: o artesão usa o barro, sua mão, sua voz para transmitir conhecimento ao filho. O locutor usa sua voz, o roteiro, o disco, a emissora de rádio, a fita gravada” (BORDENAVE).
Antes do surgimento dos meios tecnológicos de transmissão de informação (TV, rádio, internet etc.), os meios de comunicação utilizados eram físicos, como os rios, navios, estradas etc.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO.


Num sistema de comunicação encontramos presentes os seguintes componentes: emissor ou fonte, mensagem, canal, receptor, feed-back ou reacção. Iremos seguidamente debruçarmo-nos sobre cada um deles e analisar a sua inter relação.

Emissor ou fonte
É o indivíduo, ou grupo de pessoas, ou organização com ideias, intenções, necessidades, informações, enfim, com uma razão para se empenhar na comunicação.

Mensagem
Na comunicação humana a mensagem existe em forma física: há a tradução de ideias, intenções e objectivos num código. O emissor utiliza uma combinação de signos e símbolos para expressar a sua intenção comunicativa.

Canal
É o condutor da mensagem, o meio que permite a circulação da informação enviada pelo emissor.

Receptor
É o alvo da comunicação. É o indivíduo ou audiência que recebe e descodifica a mensagem. Constitui o elo mais importante do processo, pois se a mensagem não atingir o receptor, de nada serviu enviá-la.
Fidelidade da Comunicação
Tanto no emissor como no receptor existem alguns factores capazes de aumentar ou prejudicar a fidelidade da comunicação: Habilidades comunicativas Para traduzir as suas intenções comunicativas o emissor tem que utilizar capacidades codificadoras que Ihe permitam, por exemplo, dispor as palavras de forma a expressar ideias com clareza, usar correctamente as regras gramaticais, pronunciar claramente, conseguir utilizar os vários canais à sua disposição, organizar o pensamento e as ideias claramente, etc., etc.

Atitudes
A predisposição ou tendência do indivíduo para se aproximar ou associar a um objecto ou para se afastar, dissociar do objecto, reflecte-se de igual modo, na comunicação. A atitude que se tem para consigo próprio pode afectar a forma da comunicação e a sua qualidade.
Se o formador não se sente à vontade na matéria, ou pensa que não vai conseguir impressionar favoravelmente o grupo de formandos mais velhos do que ele, ao dirigir-se ao grupo poderá fazê-lo de modo confuso, "atrapalhando-se" na linha de raciocínio. Esta forma de comunicar certamente causará uma impressão negativa junto dos receptores. A retenção da nova informação por parte do Formando que confia nas suas capacidades, ou que acredita ter experiências interessantes para partilhar, é, muito possivelmente, facilitada pela sua atitude. A atitude perante o tema da comunicação é outro condicionamento a ter em conta. A simpatia ou aversão aos conteúdos pode afectar tanto a sua expressão, por parte do emissor, como a sua captação e assimilação, por parte do receptor. Se o tema se enquadrar no campo dos interesses e motivações de ambos, a qualidade de comunicação será mais conseguida.
Regra geral, quando os temas são do agrado do grupo de participantes, a motivação e a receptividade são beneficiadas à partida. Do mesmo modo, o entusiasmo do formador ao falar de algo que Ihe agrada tem um efeito contagiante junto dos formandos. A atitude do emissor ou do receptor, para com o outro interlocutor, sendo positiva ou negativa, afecta, também, a transmissão da mensagem ou a forma como o receptor a irá receber.
Todos nós tendemos a avaliar a fonte de informação. Se um formador ao apresentar-se no curso, diz ter uma formação académica em matemática, e que vai conduzir as sessões do modulo motivação humana, imediatamente a atitude avaliativa dos formandos penderá para o pólo negativo no que respeita à preparação teórica do formador. Este aspecto da influência das atitudes será desenvolvido mais tarde, nas distorções comunicativas.

Nível de conhecimentos
É difícil comunicar o que não se conhece. Por outro lado, se o emissor for ultra-especializado e empregar fórmulas comunicativas demasiado técnicas pode acontecer que o nível de conhecimentos do receptor Ihe bloqueie o sucesso da intenção comunicativa. O conhecimento que o emissor possui sobre o próprio processo de comunicação influencia o seu comportamento comunicativo. Conhecendo as características do receptor, os meios pelos quais poderá produzir ou tratar as mensagens, os canais a utilizar, as suas próprias atitudes, etc., o emissor determina em parte, o curso da comunicação, podendo contribuir para uma maior fidelidade.

Sistemas socio-culturais
Para além dos factores pessoais, o meio social e cultural em que o emissor e o receptor se movem constitui um poderoso determinante do processo comunicativo. O papel social de cada um, o estatuto e prestígio respectivos, as crenças e valores culturais por eles interiorizados, os comportamentos aceitáveis ou não aceitáveis na sua cultura, tudo determina o tipo de comportamento comunicativo adoptado. O sistema social e cultural dirige, em parte, a escolha dos objectivos que se tem a comunicar, a escolha das palavras, os canais que se usam para expressar as palavras. O emissor percepciona a posição social do receptor e molda o seu comportamento de acordo com ela. O formador comunica muito diferentemente com um grupo de gestores de vendas ou quadros superiores de uma empresa, com um grupo de jovens em formação pedagógica, com os seus amigos, com a sua esposa, etc.

Mensagem
Existem três aspectos básicos a considerar na transmissão de informação: o código, o conteúdo e o tratamento e apresentação da mensagem.

Código
O código é um grupo de símbolos ou sinais capaz de ser estruturado de modo a ter significado para alguém. A língua possui um conjunto de elementos - o vocabulário - e um conjunto de métodos que permitem combinar esses elementos de forma significativa - a sintaxe. Quando codificamos uma mensagem (função do Emissor) cabe-nos decidir quais os elementos a utilizar e como é possível combiná-los (antecipando o seu impacto no Receptor).

Conteúdo
Equivale ao material da mensagem escolhido pelo Emissor para exprimir o seu objectivo de comunicação. Por exemplo, num livro, o conteúdo da mensagem abrange as afirmações do autor, as informações que apresenta, as conclusões que tira, os pontos de vista que propõe.

Tratamento e apresentação
As decisões do Emissor quanto à forma, apresentação e conteúdo das mensagens cabem neste ponto. Para temas semelhantes, é possível usar de alguma flexibilidade e transformar os conteúdos, estilo de linguagem, canais e meios de comunicação, de acordo com as características da população a que se destinam. Não perdendo de vista as necessidades reais dos participantes, o Formador poderá enfatizar este ou aquele aspecto, tentando relacioná-lo com a experiência profissional, interesses e motivações dos seus formandos.
A formalidade de postura e da linguagem utilizada deve variar consoante o padrão socio-cultural médio do grupo. Para grupos cuja escolaridade é baixa, os termos técnicos e teóricos deverão ser cuidadosamente empregues; em grupos de profissionais aos quais é exigida uma apresentação formal e um relacionamento mais rígido na sua área de actividade, é prudente não descurar esta característica no modo como nos dirigimos aos formandos.

A apresentação da mensagem deverá ser "brilhante"! Como?
•Criativa!
•Sintética!
•Objectiva!
•Multi-variada: utilização de transparências, visionamento de vídeos, gravações audio, revistas, escrita no quadro, recortes de jornais, magazines.
•Atraente: cuidada ao nível da composição gráfica, da variedade e conjunção de cores, do tempo de duração dos vídeos e do próprio tratamento dos conteúdos, conter entusiasmo, a comunicação oral deve ser estruturada e bem sequenciada, etc...
Ao estruturar a mensagem que pretende transmitir aos Formandos, o Formador fornece um contexto geral, de introdução ao tema e que Ihe confere um sentido, o situa num todo mais vasto. Após o desenvolvimento e análise dos principais aspectos, o tema obriga a uma conclusão.

concluir é:
•fazer uma síntese global;
•acentuar os pontos essenciais;
•evitar incluir novos assuntos;
•avaliar os resultados alcançados, ao nível dos formandos e a nível do formador;
•enfatizar os aspectos positivos, não esquecendo os objectivos menos conseguidos;
•relacionar o que foi dito e feito com trabalho futuro.
A importância da síntese final, enfatizando as principais conclusões e pontos desenvolvidos, é tanto maior se pensarmos na estrutura da Memória Humana. A receptividade e a retenção são maiores para as informações transmitidas em primeiro e último lugar. Os políticos estão bem cientes deste facto, deixando para o meio do seu discurso aquilo que menos importa que os seus eleitores fixem... A repetição dos pontos essenciais e a síntese final ficarão muito mais sólidos na memória dos Formandos do que o desenvolvimento ao longo da sessão.

O feedback
O feedback é a reacção do receptor ao comportamento do emissor. Fornece informação ao emissor sobre o impacto da sua acção sobre o receptor, sobre o sucesso na realização do seu objectivo comunicativo. Ao responder, o receptor exerce controle sobre as futuras mensagens que o emissor venha a codificar, promovendo a continuidade da comunicação. O feedback é, assim, um poderoso instrumento de influência ao nível de quem envia informação.
Se o feedback for compensador, o emissor mantém o seu comportamento; se não for, este modifica-o, a fim de aumentar as suas probabilidades de êxito. Se na comunicação frente-a-frente o feedback é máximo, no caso de canais como a televisão, o rádio, os jornais e revistas essa possibilidade é mínima. Neste caso, é o comportamento de compra dos consumidores que tem valor como feedback. O conhecimento e o uso do feedback aumentam a eficácia da comunicação interpessoal. As pessoas que são consideradas "boas comunicadoras" normalmente estão atentas aos sinais comunicativos do interlocutor, são boas observadoras de reacções.

“O comportamento dos formandos, a sua postura, expressões, humor, brincadeiras ou sarcasmos, questões, dúvidas, afirmações e opiniões, enfim, toda a riqueza da situação face-a-face em termos de feedback, é extremamente útil para o formador regular e corrigir a sua forma de comunicar com o grupo”.

Nesta Secção
Dinâmica de grupo e estilos de liderança
Gestão da Comunicação Pedagógica
Conflitos na relação pedagógica


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SITUAÇÃO ATUAL: MEIOS DE COMUNICAÇÃO GLOBALIZADOS.

Uma análise da situação atual dos meios de comunicação, sobretudo nesta época de globalização, ilustra os novos desafios que novamente situam o papel dos meios de comunicação dentro de uma sociedade de saberes compartilhados.
É necessário destacar que, no contexto da globalização neoliberal, a informação “digital” transformou-se em uma mercadoria a mais circulando conforme as leis do mercado de oferta e procura.
Segundo esta lógica, os meios não estão vendendo informação aos cidadãos, estão vendendo os cidadãos aos publicitários. Assim, os conteúdos causam distorção da realidade, fortalecendo os estereótipos e reduzindo claramente a diversidade dos conteúdos distribuídos. Para exemplo - bastante utilizado - do resultado deste processo de desregulamentação nos últimos 30 anos podem ser citadas as declarações do chefe da Instância reguladora dos Estados Unidos, sob Ronald Reagan, em 1980, que em plena febre desregulamentadora declarou que a televisão era como qualquer aparelho doméstico, uma “torradeira com imagens.” E, como não se regulam as torradeiras, por que fazê-lo com a televisão? O certo é que a privatização e a liberalização que acompanham a globalização não produziram meios mais diversos e pluralistas.
A invasão da revolução da Internet e da era digital atraiu o setor da informação com a perspectiva de lucro fácil, uma pletora de industriais dos setores mais variados: eletricidade, informática, armamento, construção, telefonia, água. Edificaram gigantescos impérios monopolizando os meios de comunicação em poucas mãos e integraram de maneira vertical e horizontal os setores da informação, a cultura e o entretenimento, anteriormente separados, com o desenvolvimento de conglomerados onde o conhecimento e os conteúdos se transformam em uma nova mercadoria.
Estes conglomerados “de múltiplos meios” influem em todos os aspectos da vida cultural, social e política. Entretanto, sua própria lógica fez com que os meios de massa deixassem de funcionar como contrapoder. Os meios de comunicação de massa (rádio, jornais, televisão, Internet) realinham-se em função de uma vocação mundial, mas não de caráter nacional. O processo de concentração dos meios traduz-se como controle de uma grande variedade de meios em diferentes países e continentes. Por isso, não atuam como contrapoder no interior dos países.
Estes principais grupos são: Vivendi Universal, AOL Time Warner, Disney: News Corporation, Viacom e Bertelsmann, General Electric, Microsoft, Telefónica, France Telecom. O poder real encontra-se agora nas mãos destes conglomerados com mais poder econômico que a maioria dos governos. [3] A ausência dos principais conglomerados mediáticos nos debates da CMSI transmite esta realidade.
A concentração da propriedade dos meios significa, por exemplo, que os cinco maiores conglomerados dos Estados Unidos controlam quase a totalidade das cadeias de rádio e de televisão do país. O importante não é o número de canais de televisão, mas a diversidade de fontes e proprietários. Do primeiro caso, nasce uma mensagem simplificada para o consumo em massa. Com isso, é o direito à informação que surge limitado e em dúvida. Por um lado, o fim dos monopólios estatais nos países do Sul e na Europa trouxeram consigo avanços na pluralidade de meios, embora haja preocupação com a deslegitimação dos meios tradicionais. Entretanto, a desregulamentação favorece este processo porque apesar de as leis da liberdade de imprensa terem sido estabelecidas para limitar o poder estatal, agora são insuficientes para assegurar que a informação e a comunicação sejam um bem comum. Como aponta Ignacio Ramonet: Embora, nos países do Norte a liberdade da palavra esteja garantida, o direito a estar bem informado é questionado pela concentração dos meios de comunicação,
Por último, estes conglomerados não diferenciam as três formas tradicionais de comunicação (escrita, verbal ou com imagens), fomentando tanto a Internet quanto as telecomunicações em geral como um novo e poderoso meio, abrangendo atividades de cultura, entretenimento e esporte, comunicação e informação. Desta forma, é cada vez mais difícil distinguir os diferentes setores industriais da informação dos setores da cultura de massa e de entretenimento. Os grandes conglomerados mundiais adquirem dimensões de multimídia e vendem seus produtos, outros suportes além do rádio, da televisão e dos jornais tradicionais, com filmes, vídeos, discos compactos, DVDs, parques de diversões, cinemas, teatros, esportes.
O desenvolvimento das cadeias mundiais de informação contínua como CNN foi imitado por outras cadeias estadunidenses e do mundo, entre outras a BBC, com grande impacto. A manipulação da informação e a resistência nos países do Sul do planeta deram origem, em primeiro lugar, à cadeia árabe Al’Jazeera, para neutralizar a campanha contra o islamismo. Recentemente, surgiu a Telesur sediada na Venezuela, para neutralizar a “propaganda estadunidense”. Estas experiências evocam o questionamento do Informe MacBride, nos anos 70, e as esperanças falidas dos países não-alinhados a um projeto da Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação proposto pela Unesco. [4]
E, ao mesmo tempo, revelam a capacidade de adaptação dos meios tradicionais às novas tecnologias e sua persistência como veículos de produção de consensos sociais e políticos em massa.

O PAPEL E O LUGAR DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE.

Tradicionalmente, as reflexões sobre os meios de comunicação centralizam-se na capacidade das instituições midiáticas e das tecnologias de comunicação de desempenhar um papel na democratização das sociedades, na criação de uma esfera pública mediante a qual as pessoas possam participar de assuntos cívicos, no destaque da identidade nacional e cultural, na promoção da expressão e do diálogo criativo. Por isso, os debates sobre as diferentes formas de censura e a propriedade dos meios de comunicação sempre formaram parte das agendas de trabalho. O sentido das perguntas propostos pelas lógicas do mercado assim como do Estado é mais de como constituir uma via para a publicidade, gerar benefícios financeiros para os acionistas e servir de instrumentos de propaganda e controle social e ¬político.
Em quase todos os contextos nacionais, considera-se necessária certa forma de intervenção - ou regulamentação - governamental que permita aos meios de comunicação desempenhar um ou outro dos papéis antes mencionados. Tão logo a produção e a distribuição dos meios requeiram um grau maior de organização e de recursos do que os fornecidos por artistas ou criadores individuais de grupos relativamente pequenos - isto é, tão logo os meios de comunicação se industrializem - normalmente, o Estado assume certa forma de organização estrutural, seja diretamente ou por meio de uma autoridade à distância.
Isso pode ser feito de várias maneiras. No modelo de mercado livre, o Estado cria ambiente em que as empresas dos meios de comunicação gozam de plena liberdade para operar comercialmente; o acesso ao mercado, em alguns setores como a radiodifusão, segue controlado fundamentalmente mediante concessão de freqüências de transmissão, enquanto a área da imprensa escrita fica aberta a qualquer pessoa que disponha dos recursos para ter e operar um meio de comunicação. No modelo autoritário, os meios de comunicação são considerados uma extensão da autoridade estatal. O modelo de serviço público enfatiza a criação de serviços de rádio e televisão ao serviço público, o financiamento de meios de comunicação não-lucrativos, baseados na comunidade, e várias restrições sobre propriedade de meios de comunicação comercial (limitando a quantidade de pontos de distribuição para controle de uma empresa particular ou proibindo que os proprietários sejam estrangeiros). Na verdade, em muitas sociedades, se não na maioria, os meios de comunicação funcionam segundo um modelo misto baseado numa combinação de dois ou mais dos mencionados. Na maioria dos casos, existe uma instância que dita e controla as regras de funcionamento nacional
Atualmente, todo o mundo reconhece que a lógica do mercado é a que predomina, impõe valores e condicionamentos sobre modos de produção e distribuição, acarretando maiores conseqüências sobre conteúdos e natureza da informação. Aqui surgem novos desafios muito mais complexos relacionados com a concentração de meios de comunicação, a uniformização e a pobreza dos conteúdos, o desequilíbrio dos fluxos de informação e a falta de diversidade cultural, o papel regulador dos Estados nos planos nacionais e internacionais e a necessária redefinição de serviço público em termos de informação.
Além disso, a recente revolução digital vem questionar os meios de comunicação com relação a sua própria ¬definição e redefine seu papel em termos completamente inéditos colocando-os em uma “sociedade da informação” que se esforça para delimitar.
A relação entre os meios de comunicação e a sociedade da informação propõe efetivamente um desafio aparentemente paradoxo. Por um lado, os meios de comunicação de massa (imprensa, rádio, televisão) vivem um processo de concentração da propriedade e integração horizontal e vertical de som, áudio e imagem, graças ao advento do suporte numérico. Por outro lado, a Internet e o suporte digital em geral individualizam e democratizam o acesso à comunicação e à interação, permitindo o desenvolvimento inédito de novos meios alternativos ou cooperativos que, ao mesmo tempo, afetam os meios de comunicação em massa tradicionais.
A relação entre os meios de “comunicação” e a sociedade da “informação” surge assim sob a forma de uma dissociação contraditória de difícil explicação sem considerar a definição do projeto da sociedade da informação, o contexto no qual se evolvem os que constroem a sociedade da informação e os desafios propostos pelos avanços tecnológicos.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO.



“Meios” é um termo antigo em muitos sentidos. Um “meio” é um agente de transmissão em sentido estrito. Os antigos achavam que o universo era formado por meio do éter. Para que se entenda melhor: o ar ou a água é um meio. Nesse sentido, um meio de transmissão - ou comunicação - é um agente neutro. Entretanto, pode-se observar facilmente que, apesar de seu estado aparentemente objetivo, a natureza de um meio determina o tipo e a qualidade da informação que pode passar por ele.
O uso moderno apropriou-se do termo com o significado de meios de comunicação. Ainda que atualmente considerássemos o livro ou a imprensa como meios, o termo tomou relevância com o surgimento da comunicação a longa distância mediante a tecnologia - ou a telecomunicação. A telegrafia foi o primeiro meio de comunicação verdadeiramente moderno, depois rapidamente vieram a telefonia, o rádio, a televisão, a transmissão por cabo e satélite e, obviamente, a Internet. Todo este desenvolvimento aconteceu nos últimos 150 anos; a maior parte durante o último século e a Internet na década passada.
No decorrer do avanço da tecnologia, cada nova geração de meios de comunicação trouxe consigo sua carga de utopias de criação de espaços públicos de interação participativa entre cidadãos informados usando o direito à palavra. Todo novo meio de comunicação constitui, ao mesmo tempo, o ponto de disputas entre lógicas societais a cargo do Estado, do mercado e da sociedade civil. Historicamente, as lutas pela liberdade de imprensa, e a liberdade de expressão que ela implicava nesse momento, estimularam e participaram das grandes batalhas democráticas contra a censura, os direitos humanos, a escravidão, etc. Estas lutas contribuíram em grande medida à elaboração e à fundação de nossas democracias e dos princípios e legislações que prevalecem atualmente em termos de direitos à informação e à comunicação. Ao mesmo tempo, conseguiram modelar uma intersecção de espaços mediáticos na qual coexistem diversas formas de meios de comunicação e instituições mediáticas.
Hoje, consideramos os meios de comunicação como instâncias da comunicação em massa, ou seja, a imprensa, a rádio e a televisão em suas acepções públicas, privadas ou comunitárias. Trata-se de mecanismos que permitem a disseminação em massa de informação facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a reprodução do discurso público e certos níveis de interação, principalmente dos novos meios independentes, alternativos e comunitários.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO:

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA CARREIRA PROFISSIONAL:

Do ponto de vista profissional, qual a real importância da comunicação?

Mario Persona: A boa comunicação é ferramenta essencial para qualquer profissional. E isso não só para obter benefícios diretos para sua carreira, mas até para desempenhar seu papel na função que exerce. Há pessoas com uma excelente bagagem que não conseguem passar para uma posição de gerência por absoluta falta de comunicação. Como poderão dirigir pessoas se não sabem como transmitir a elas o que desejam, suas metas, diretrizes e expectativas de desempenho?

Mas, para o profissional, o papel da comunicação começa bem antes de sua atuação numa determinada função, começa na hora de conseguir um emprego ou um contrato para prestar um serviço ou fornecer um produto. Sem essa habilidade ele já sai em desvantagem em relação aos seus concorrentes. E quando falo de comunicação, trata-se de comunicação integral que envolve fala, escrita, postura e até mesmo suas atitudes, crenças e valores. O ser humano é um verdadeiro objeto de comunicação multimídia e deixa sua influência por onde passa pelo que ele é, além daquilo que diz ou escreve.

Dependendo da situação ele poderá precisar de maior ou menor habilidade na fala ou na escrita, por exemplo. Hoje a universidade dá grande importância à capacidade de escrever do aluno, mas o que o mercado exige dele é justamente uma capacidade maior de comunicação oral. Será que algum curso já pensou em preparar seus alunos para falar?

As pessoas tímidas correm o risco de serem eliminadas do mercado de trabalho?

Mario Persona: Isso é relativo. Há pessoas tímidas que se expressam muito bem quando escrevem ou mesmo quando falam. Às vezes a timidez pode ser uma característica desejável em certas funções, pois poderá ser associada a um comportamento reservado e discreto, útil em algumas profissões. Como acontece com muitas outras características pessoais, o que o profissional precisa é saber transformar suas características em pontos positivos, buscando uma atuação onde essa característica seja mais desejável.

Vivemos imersos em paradigmas que nem sempre têm razão de ser. Achamos que só alguém com a desenvoltura de um político ou a dicção de um apresentador de TV será capaz de ter sucesso em sua profissão. Veja, por exemplo, a imagem que fazemos do bom vendedor. Um sujeito falante, destemido, desenvolto e bom de conversa para qualquer ocasião. No entanto, o norte-americano Ben Feldman foi considerado um dos maiores vendedores de seguros do mundo e dificilmente passaria em um teste de marketing pessoal ou comunicação segundo o conceito de alguns. Ele era baixinho, gordinho, careca, tinha a língua presa e a primeira vez que precisou falar em público só conseguiu fazê-lo atrás da cortina do palco, de tanta vergonha que tinha de enfrentar uma platéia. Para ele, vender era acreditar naquilo que vendia e ser apaixonado pelo que fazia.

A paixão faz os olhos do profissional brilhar quando fala daquilo que faz, e só esse brilho no olhar pode valer mais que mil palavras ditas por um tagarela sem convicção. Portanto, melhor que uma comunicação perfeita é uma convicção perfeita daquilo que se procura comunicar. Evidentemente se a pessoa tiver essa convicção e ainda uma boa comunicação, será mais fácil conquistar seu espaço no mercado e influenciar pessoas com suas idéias. Mas tenha sempre em mente o que escreveu Ralph Waldo Emerson: “Aquilo que você é soa tão alto que mal posso ouvir o que você diz”.

Existe alguma técnica para se comunicar melhor?

Mario Persona: Há muitas, mas a primeira e mais importante é saber perguntar. Comunicação é uma via de mão dupla e todo profissional deve ter bem claro em mente que aquilo que deve dizer é aquilo que precisa ser dito para uma audiência em particular, em uma ocasião em especial, dentro de um contexto bem definido e com objetivos claros. Tudo isso só pode ser alcançado se o profissional fizer um trabalho investigativo prévio, perguntando ou pesquisando.

Veja, portanto, que a comunicação eficaz é um processo, e não um discurso qualquer bem elaborado. Começa investigando, perguntando, percebendo a situação, as pessoas e o ambiente, para então adaptar a mensagem de forma que seja compreensível ao receptor, levando em consideração os ruídos do processo, as necessidades do público alvo, diferenças culturais, meios utilizados e uma série de outras variáveis. Tudo se resume em saber perguntar, em fazer as perguntas certas para que sua comunicação seja efetivamente uma resposta aos anseios e expectativas de sua audiência.

Qual a tendência para novos profissionais, ou seja, o que é necessário para ter certeza que você conseguirá se manter empregado?

Mario Persona: Primeiro, acho que o velho conceito de se manter empregado já não se aplica nos dias de hoje. Se encontrar alguém que conseguiu manter um emprego por trinta anos, estará diante de alguém vivendo o conceito de empregabilidade que vigorou nos dias de nossos pais e avós. Hoje eu prefiro falar em empregabilidade, um tema muito bem abordado por José Augusto Minarelli em seu livro de mesmo nome, que é a capacidade do profissional se manter apto a estar sempre sendo "empregado", no sentido de utilizado, pelo mercado.

O conceito de emprego está mudando e hoje é comum você encontrar empresas onde o número de colaboradores que fazem parte de sua lista de funcionários é menor do que o de colaboradores que trabalham como prestadores de serviços. Obviamente é mais fácil para a empresa substituir um prestador de serviços que não atenda às expectativas do que substituir um colaborador efetivado, por isso o profissional deve hoje se preparar para ser um prestador de serviços, ainda que esteja temporariamente trabalhando com carteira assinada.

Pensando desta forma ele se manterá sempre afinado, em contínuo aprendizado, porque sabe que não existe mais emprego duradouro visando uma aposentadoria, mas uma carreira que irá se adaptando conforme o mercado, seus conhecimentos, habilidades e capacidade de trabalho, o que também irá mudar com sua idade, disposição física etc. Comunicação é apenas um dos fatores envolvidos numa carreira hoje, mas é um fator importante o suficiente para ser o diferencial entre uma carreira de sucesso ou de fracasso. Afinal, como as pessoas saberão que sou apto se eu não souber demonstrar isso de alguma forma? Essa demonstração de minha capacidade é comunicação.

Entrevista concedida ao Jornal Identidade da ALIE em 25/10/2005 para uma matéria sobre comunicação.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA E COMO AS EMPRESAS DEVEM PREPARAR SUAS equipes para estarem afinadas com a visão, missão e valores da empresa.

A IMPORTÃNCIA DE UMA BOA COMUNICAÇÃO:

domingo, 18 de abril de 2010

BIBLIOTECA:

BIBLIOTECA
Paulo Nassar
COMUNICAÇÃO PÚBLICA
Maria José da COSTA OLIVEIRA (Organizadora)
Campinas, SP: Editora Alínea, 2004
(201 Páginas)

O ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação de Governo
e Gestão Estratégica, abre o livro afirmando que “a inserção da
comunicabilidade como elemento também
central no debate sobre os destinos do País
proporciona, de saída, o reconhecimento da
legitimidade dos conflitos e o estímulo à
participação cidadã”. Esse ponto de vista
de partida é o que alicerça o tratamento que
os autores do livro dão ao tema da comunicação
pública, revelando, como realça a
organizadora da obra, “suas formações
ecléticas, originadas da sociologia, pedagogia,
psicologia, jornalismo, publicidade
e propaganda, relações públicas e educação
física”. Uma obra fundamental em um País em que as instituições
públicas e seus dirigentes sempre estão aprendendo a ser comunicar.
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL HOJE II
Claudio CARDOSO (Organizador)
Salvador, BA: Udufba - Gente, 2004.
(173 Páginas)
A publicação do livro Comunicação Organizacional Hoje
II: Novos Desafios, Novas Perspectivas, editado sob a coordenação
do professor Claudio Cardoso, do Núcleo de Pós-
Graduação em Administração da Universidade Federal da
Bahia (UFBA), é uma iniciativa
ímpar, que insere os pesquisadores
do Grupo Gente na vanguarda
dos estudos brasileiros em comunicação
organizacional.
Cardoso afirma que “o momento
atual exige a reformulação das
antigas estruturas, antes
desordenadas, sem alinhamento
com os propósitos finais da organização.
Hoje é preciso definir
estruturas capazes de integrar diversas
competências e habilidades, por vezes dispersas em
muitas equipes”. Entre os temas do livro estão o papel do
departamento de comunicação, a comunicação em momentos
de crise, a relação entre tecnologia e organizações, o
alinhamento da tecnologia da informação à estratégia do
negócio e a influência das novas tecnologias para a comunicação
interna, entre outros.
RELAÇÕES PÚBLICAS: ARTE DE
HARMONIZAR EXPECTATIVAS
Carlos Eduardo MESTIERI
São Paulo, SP: ABERJE Editorial, 2004.
(143 Páginas)
Poucos comunicadores podem
apresentar de forma tão consistente,
democrática e educativa a sua
experiência profissional. Carlos
Mestieri é um deles. Na apresentação
do livro, Rodolfo Witzig
Guttilla, presidente do Conselho
Consultivo da ABERJE, afirma que “o mundo vive o momento
das Relações Públicas, objeto do livro de Mestieri. O mundo
vive a época dos relacionamentos. O Brasil e as empresas
precisam se desenvolver nesta técnica, nesta arte, nesta ferramenta
fundamental de gestão, a bem das pessoas e das marcas,
que Carlos Mestieri nos demonstra com toda clareza”.
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL DE A a Z.
Francisco VIANA
São Paulo, SP: Editora CLA, 2004.
(175 Páginas)
Francisco Viana vive e escreve sobre
o mundo organizacional há mais de 30
anos. Ele refinou esse ofício de historiar
empresas, instituições e dirigentes em
veículos de comunicação como A Tarde,
O Globo, Istoé, Vogue e Carta Capital.
Foi destes observatórios da vida brasileira
que Viana presenciou a construção
de relacionamentos ímpares entre organizações
e a imprensa. E é a força dessa
experiência que modela o grande tema de seu livro: a reputação das
organizações e de seus dirigentes, patrimônio singular e histórico que
emana da missão, visão e da identidade de cada empresa e de cada pessoa.
Para Viana, na sociedade moderna o centro do trabalho do
comunicador está na construção, manutenção e defesa desse acervo diante
dos inúmeros públicos. Viana lembra que a boa comunicação é
“um trabalho sem fim, a exigir investimento, tempo e harmonia entre a
direção das empresas e seus profissionais especializados”. Um trabalho,
na maioria das vezes, ainda não compreendido e ameaçado pela
gestão. Para reforçar esse ponto de vista,

O PODER DA LINGUAGEM:

O que move as pessoas? O mundo?Pode-se pensar que é o dinheiro. Quem detêm esse ‘poder’, causa essa impressão, por teoricamente poder fazer o que lhe interessa.Mas existe algo que transcende qualquer teoria. Algo que move o mundo. E fez tudo isso que vivemos hoje tornar-se realidade. A língua.A internet é um bom exemplo de como as pessoas através da língua podem interagir cada vez mais no mundo. Os blogs fazem parte desse novo conceito de linguagem. Qualquer pessoa que escreva pode ter um e expressar seus conhecimentos e opiniões. Isso é uma tremenda evolução da linguagem.A recursividade é responsável pela conclusão lógica das idéias e um denominador comum a todos os indivíduos da nossa espécie, mas o que aconteceria se um grupo humano talvez fosse desprovido de recursividade?Recursividade é a diferença principal entre a linguagem humana e a comunicação dos animais. Existem seres humanos que se comunicam de uma forma extremamente rudimentar, o que não quer dizer que não seja linguagem. Os pirarrãs, uma tribo de 350 índios caçadores-coletores que vivem à beira do rio Maici no Amazonas, conta tudo em 1, 2, bastante e de acordo com dados colhidos por quase 30 anos pelo pesquisador americano Daniel Everett sua língua tem 8 consoantes, 3 vogais e uma imensa quantidade de tons e comprimentos de sílabas. Segundo Everett eles não nomeiam cores, não possuem mitos de criação, ficção e nem possuem memória individual ou coletiva que ultrapasse duas gerações.Não cultivam terras ou guardam alimentos. Dormem no chão, sobre ramos de árvores e não têm cultura artística. Sendo assim, fica uma incógnita sobre onde se encaixa sua linguagem dentro da Teoria da Gramática Universal, pensamento chomskiano – (do também americano Noam Chomsky).Através da linguagem, a espécie humana pôde adaptar-se a todos os habitats que existem no planeta Terra, desde as zonas gélidas até ao fundo dos oceanos, conseguindo ainda transportar para o Espaço veículos e estações espaciais que permitem a manutenção da vida.Ainda não sabemos tudo sobre a língua e principalmente como uma cultura pode influenciar no infinito das formas de linguagem.A linguagem é a base da cultura, sem a qual o homem moderno não existiria.Mas a palavra, uma vez dita, “voa irrevogável”!
Postado por Christiane de Souza Pimentel Teixeira às Segunda-feira, Dezembro 03, 2007

terça-feira, 13 de abril de 2010


A Comunicação Empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional) compreende um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou entidade (sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades etc) junto aos seus públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião, classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou financeira, jornalistas etc) ou junto à opinião pública A Comunicação Empresarial tem assumido, nos últimos anos, maior complexidade, tendo em vista a necessidade de trabalhar com diferentes públicos (portanto diferentes conteúdos, discursos ou linguagens) , o acirramento da concorrência, a segmentação da mídia e a introdução acelerada das novas tecnologias. Hoje, exige-se do profissional da área não apenas conhecimentos e habilidades nas práticas profissionais, mas também uma visão abrangente do mercado e do universo dos negócios. Mais do que um simples executor de tarefas (bom redator de releases, bom relacionamento com a mídia, excelente editor de house organ), o profissional de comunicação empresarial deve ser um executivo, um gestor, capaz de planejar, estrategicamente, o esforço de comunicação da empresa ou entidade. O mercado brasileiro e internacional já dispõe de empresas especializadas na realização deste trabalho e, internamente, as empresas ou entidades também têm experimentado gradativa profissionalização. Hoje, a Comunicação Empresarial já desempenha papel fundamental, definindo-se como estratégica para as organizações, superada a fase anterior, em que suas ações , produtos e profissionais eram vistos como acessórios, descartáveis ao primeiro sinal de crise. A literatura na área cresce vertiginosamente, com a contribuição de profissionais do mercado e das universidades (a Comunicação Empresarial, em seus múltiplos aspectos, tem, cada vez mais, sido objeto de trabalhos na graduação e na pós-graduação em Comunicação no Brasil). Muitas universidades, como a USP e a UMESP, para só citar duas instituições de ensino tradicionais na área de Comunicação no País, mantêm linhas de pesquisa em Comunicação Empresarial em seus programas de pós-graduação e já contabilizam mais de uma centena de dissertações e teses já defendidas. Da mesma forma, multiplicam-se os eventos sobre Comunicação Empresarial, destacando-se, dentre outros, os Congressos promovidos pela Comtexto Comunicação e Pesquisa, pela Mega Brasil e pela ABERJE, entidade mais representativa da área. Facilitamos, aqui, o acesso a uma bibliografia já generosa sobre temas relevantes da Comunicação Empresarial. Basta clicar em cada um dos sub-temas no menu Bibliografia. Pode-se consultar também os artigos, que se endereçam para os vários sub-temas, e obter, ainda, outras informações e materiais adicionais na tela sobre Fontes e Top Links.