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terça-feira, 27 de abril de 2010

CONSEQUÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO:

Nunca foi, não é, nem nunca será fácil comunicar; porque o ato de comunicação é um ato criador. E o criador, se sabe o que faz, é responsável por seu ato; se não sabe, continua sendo a causa e, por isso mesmo, não pode escapar, de um modo ou de outro, às conseqüências da sua comunicação. Boa ou má, errada ou certa, a minha comunicação tem conseqüências para mim e para os meus receptores. Graves ou leves, as conseqüências de minha comunicação existem. E se nasceram de mim, eu devo responder por elas.

Daí porque aquele que assume a tarefa de comunicar seja qual for a mensagem, precisa ser suficientemente livre para arcar com as conseqüências do que afirma, escreve, canta, desenha, pinta, dança e expressa. Que não se imagine imune ou acima da crítica, porque não há comunicação sem conseqüência. E, se os receptores são vários, os impactos provavelmente serão diversos. Em alguns casos provocará admiração, simpatia, concordância e amor; noutros, poderá provocar raiva, agressão, discordância e até violência. Não escapa-se sem marcas do próprio ato criador. e não escapa-se impunemente da própria comunicação. Para quanto mais pessoas comunicarmos e quanto mais forte for nosso objetivo e nossa ousadia, tanto maior a repercussão de nossa comunicação em nós mesmos.

De certo modo, somos também o alvo da comunicação que utilizamos como arma. Se for bem intencionada e amorosa, provavelmente retornará para nós em forma de resposta amiga. Se for agressiva e pretender criticar, desestabilizar, questionar e até magoar o outro, mais cedo ou mais tarde retornará para nós em forma de réplica. E aí, então, se medirá qual foi a intenção do comunicador. Jerusalém retrucou negativamente à comunicação ousada, questionadora, crítica, mas amorosa de Jesus. E Jesus, replicado, respondeu com afeto e lágrima. Não havia raiva no incompreendido comunicador Jesus.

Aliás, em matéria de assumir até às últimas conseqüências a sua comunicação, ninguém foi mais coerente que Jesus. Assumiu todos os "is" e "pontos e vírgulas" daquilo que disse. E apostou no que disse com sua própria vida. Mas morreu perdoando quem não recebeu sua comunicação.

Que os comunicadores por vocação e profissão meçam o alcance de sua comunicação. Se não tiver amor, é pobre e imperfeita. Se tiver amor e abertura, desemboca no caminho da paz, que é o destino final de todo e qualquer ato comunicador...

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